Contemplando a proposta de valorização de competências, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) firmou acordo com o Ministério Público Federal para a implantação de um novo processo de contratação de pessoal na Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia (Faepu), que visa atender o Hospital de Clínicas (HC-UFU). O acordo  que prevê processo seletivo simplificado para o ingresso na entidade está em vigor desde o dia 1º de março de 2009. Os servidores em atividade permanecerão nos cargos,  por direito adquirido. Segundo o reitor Alfredo Júlio Fernandes Neto, a nova metodologia proporciona transparência e democratização ao sistema oferecendo oportunidades iguais a todas as pessoas. “Estamos valorizando as competências e contratando os profissionais mais habilitados para exercerem as funções, consequentemente haverá aumento na qualidade da prestação dos serviços e no atendimento à população, com tendência a melhoria contínua”, destaca. A proposta de minuta do edital, que atende a este acordo, está sendo elaborada pelo setor de Recursos Humanos da Faepu, responsável pelo processo, e prevê todos os critérios de avaliação, classificação e eliminação dos candidatos em cada uma das etapas, que acontecerá por meio de aplicação de prova escrita e, se for necessário, avaliação prática, apreciação de títulos, entre outros. A gestão de RH da Faepu esclarece que a proposta será adaptada, de acordo com o grau de exigência de cada função a ser preenchida, dentro de suas particularidades. Para a estudante de Enfermagem, Ludmilla Martins, que brevemente atuará no mercado de trabalho, o novo sistema é muito mais justo. “Quem tem mais preparação e conhecimento terá melhor classificação, independente de apadrinhamentos ou indicações”, afirma. Também a favor, a médica neonatologista, Cristiane Fernandes, destaca que “com a iniciativa, é possível dar transparência ao ingresso dos trabalhadores na Fundação”. Atualmente a Faepu é a sexta empregadora em Uberlândia, com mais de 1.880 funcionários. Um número grande de trabalhadores que compromete 50% da verba mensal média de R$ 6 milhões, originária da prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Não há empresa que sustente uma folha de pagamento com metade do orçamento, o que sobra é pouco para a manutenção de todas as atividades do hospital”, esclarece o reitor. O cenário é fruto de mais de uma década sem a realização de concursos públicos e a demanda atende ao constante crescimento do hospital que tem cobertura populacional estimada em quase 1 milhão e 200 mil pessoas e atende mais de 80 municípios, segundo dados do Programa de Reestruturação dos Hospitais do SUS em Minas Gerais, da Secretaria Estadual de Saúde.